segunda-feira, 5 de julho de 2010

C'est la vie: Renascendo das cinzas. C'est le doleur

Olá a todos e todas.
Depois de muito tempo sem lhes escrever, venho aqui mostrar o porquê de isso ter ocorrido e o porquê desse título.
Pois bem.
No dia 13 de maio de 2010 decidi que deveria cotar aos meus pais que sou homossexual, mas a recepção não foi boa. Toda a visão que eu tinha da minha família caiu por terra. A dor me acometeu de tal forma, que havia perdido a vontade de viver.
Sofri todo tipo de violência e o amor que eu via nela acabou se desmanchando, sendo que não deixei de os amar, mas n via mais esse sentimento vindo dos mesmos. Terminei meu namoro e assim comecei a desacreditar no amor que poderia vir de outro, no sentido de conjugal. Também desacreditei dos meus amigos, por mais que eles me deram força, eu não via mais amor vindo das amizades, por fim, o amor próprio também foi um sentimento que desacreditei. Sendo assim, eu via o amor dividido em quatro: o da família, o dos amigos, o conjugal e o de mim mesmo. Todos cairam, pois o da familia era a base.
Decidi morrer, mas minha familia tentou fazer o mesmo, desloquei o pulso, meu pai deu fim a um objeto que poderiam utilizar contra mim. Por outro lado, pensei em morrer por conta própria antes que alguem fizesse algo de errado e acabasse preso. Dei sete dias para uma amiga minha abrir uma carta, mas no sexto uma coisa interessante ocorreu: uma pessoa que demonstrava gostar de mim se declarou pra mim. Então fiquei feliz, mas hoje, dia 4 de julho de 2010, ele conversou comigo, depois de ficar frio comigo, e disse que era tudo passageiro, sendo que na situação em que meu coração se encontrava devido às coisas que citei acima, me apoiei totalmente nesse novo amor, mas quando ele me disse isso, tudo caiu e a dor de uma faca que torcia em meu coração foi o mínimo que eu senti.
Por outro lado, recebi o apoio do meu irmão e de uma prima, que contou pra mãe e pro pai dela o que estava a ocorrer e eles também me deram total apoio, mesmo eu sabendo que eles são totalmente conservadores. Sai com os dois, meu irmão e minha prima, e acabei melhorando, mas a dor da faca ainda me consome de tal jeito que me desiludi novamente com o amor, sendo que tudo isso está ocorrendo nessa época em que mais necessito de carinho, pois na família, não recebo mais isso.
Assim, o que tenho a dizer para vocês é que não se deixem abater, como eu me abati, por mais difícil que esteja a situação se ergam novamente e renasçam, como eu, das cinzas, como uma fênix que após sua morte se incendeia, para de suas mesmas cinzas, nascer mais forte e mais sábia.
Mando em anexo uma carta que escrevi enquanto pensava no suicídio, não tomem isso como exemplo, mas retirando os curativos da torção no pulso, quando me empurraram da escada, repensei em tudo isso. Não me mataram porque alguém que ainda possui racionalidade , agradeço e leiam para entenderem o que eu passei. Renasci mais seco, porém acredito que mais forte, quando se encara a morte de frente, se fica mais exepriente. Lágrimas não me ajudaram, nem essas besteiras que fiz. Em uma continuação da carta feita nessa ocasião me baseei na fala de um kamikaze que dizia: A morte é leve como uma pluma, sendo que a sobrevivência é mais pesada do que uma montanha.
Assim digo a vocês novamente se unirem para que isso não ocorra com mais ninguém, pois não desejo essa dor nem àqueles que não gostam de mim. Segue a carta:
Pai, mãe. Sei que é doloroso, que foge à ordem natural das coisas um filho partir antes de seus pais.
Mas a dor da sobrevivência se tornou muito forte. Sempre vos amei, mas peço desculpas pelo que irei fazer
Nessas horas me conforta uma frase dita por um Kamikaze: A morte é leve como uma pluma, sendo que a sobrevivência é mais pesada que uma montanha.
Eu vos amo
Adeus

Foi mais ou menos isso que escrevi, porque joguei a carta fora, mas o que eu queria lhes dizer estava implícito no que eu queria escrever. Sei que é doloroso/ Foge à ordem natural/ Muito forte/ Peço desculpas.
A luta continua
Temos que nos unir
Abraço a todos e todas
Com carinho
Tom

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